O presidente Obama projetava retirar as tropas americanas do Afeganistão no fim do seu mandato.
Mudou de idéia. Ficarão ainda cinco mil soldados, até quando só Deus sabe.
Reportagem do New York Times, em 11 de outubro, relata: conforme a ONU, nunca o Talibã espalhou-se tanto pelo país.
Nas últimas semanas, ela evacuou seus escritórios em quatro das 13 capitais provinciais, a maioria por questões de segurança.
Os oficiais da ONU consideram a metade dos administrações do país como “sob ameaça” ou “extrema ameaça”. Situação mais perigosa do que em qualquer ano desde 2001, quando as tropas americanas expulsaram os talibãs.
Um fato alarmante é que a Rodovia 1, uma estrada que liga todas as principais cidades afegãs, há muito tempo sofre constantes emboscadas. Nas últimas 20 semanas, os milicianos repetidamente bloquearam a estrada nos distritos de Doshi e Baghlani Jadid, na província de Baghlan — há muito tempo considerada uma invencível fortaleza do governo de Kabul.
Atualmente, poucos oficiais do governo atrevem-se a usar a maior parte da estrada.
Em muitos distritos nominalmente controlados pelo governo central, na verdade somente prédios públicos no centro estão sob controle. E assim mesmo sofrem constante assédio dos talibãs.
Assim a promessa do então candidato presidencial Barack Obama de trazer de volta “our boys” não será cumprida.
Bem que ele fez o possível.
Gastou centenas de bilhões de dólares, enviou dezenas (senão centenas) de milhares de soldados e inúmeros aviões, canhões, tanques, tudo.
Para que?