Os russos cansaram-se de ouvir críticas do governo Obama e de congressistas americanos dos seus desrespeitos aos direitos humanos.
E resolveram tomar uma atitude.
Não se defenderam, não; preferiram contra-atacar.
Seu Ministério das Relações Exteriores soltou declaração acusando os EUA de não serem nada exemplares nesse quesito de direitos humanos.
Afinal, apesar das promessas de campanha, Obama não fechou Guantanamo, que segue acumulando notícias nada agradáveis para a imagem civilizada dos EUA.
Além disso, Obama aprovou lei do congresso que permite prisão de suspeitos sem acusação, sem julgamento e por prazo indefinido. Algo perfeitamente aceitável em regimes como os de Stalin, Hitler, Trujillo, Pinochet e outras figuras pouco recomendáveis.
Os russos não deixaram de lembrar o programa de extraordinary renditions, do governo Bush, executado pela CIA, no qual suspeitos eram sequestrados no estrangeiro e transportados para casas secretas em países onde poderiam ser torturados à vontade, sem ninguém saber.
E até que Moscou foi comedida: esqueceu de mnencionar os ataques de drones, arma favorita do Presidente Obama, para matar talibans em pleno território do aliado Paquistão, com o inconveniente de acabar matando também centenas, talvez milhares de camponeses incautos.
Claro que os russos estão longe de cumprir com suas obrigações internacionais com respeito aos direitos individuais e humanitários. Veja-se o que eles estão fazendo com as moças do Pussy Riot, os maus tratos á oposição e o massacre cometido contra os chechenios, num passado recente.
Mas eles não tem a audácia, como os EUA, de se apresentarem como guardiães dos direitos humanos universais quando, sem exagero, estão entre os que os violam até com gravidade.