A política imperial americana foi mais uma vez condenada pelo seu povo.
Pesquisa da PEW Research, de 1 de abril, traz conclusões eloqüentes nesse sentido.
52% dos respondentes acham que os EUA devem cuidar dos seus próprios interesses (mind on his own businness), deixando que os outros países cuidem dos deles.
Para apenas 12%, os EUA devem ser o único líder mundial, contra 72% para quem essa liderança deve ser compartilhada com outros países.
Em outra pesquisa PEW, esta do mês de março, os americanos consideram a Rússia um “problema sério”, mas não um adversário, enquanto 26% a consideram um adversário e 22% , nem problema, nem adversário.
Quanto à crise da Ucrânia, o povo recomenda que o governo não deve se envolver demais por 56% x 29%.
Esta posição da população contrasta com a dos seus líderes.
Repetidas vezes os republicanos censuram o Presidente Obama por inação ou fraqueza nas coisas da política externa.
O que parece não ser correto já que os EUA continuam lutando no Afeganistão e pretendem deixar tropas por prazo indeterminado; treinam e municiam os rebeldes sírios; bombardeiam áreas do Yemen e do Paquistão visando matar terroristas; sancionam o Irã e ameaçam fazer o mesmo com a Venezuela, além de treinar ou protagonizar ações militares em 47 dos 54 países da África.
Na Síria, o envolvimento militar do governo Obama não é maior somente porque a facção rebelde que realmente conta na luta a anti-Assad é aliada à franquia local da al Qaeda.
Recentemente seu líder, Jamal Maarouf, declarou que lutar contra a al Qaeda “não é nosso problema”, tendo atuado em conjunto e partilhado armas com os terroristas (The Independent, 2 de abril).
A Casa Branca reluta em fornecer armas pesadas que podem ir parar nas mãos dos seguidores de Bin Laden e serem usadas contra seus próprios soldados