A mãe de todas as bombas foi um blefe.

MOAB, a mãe de todas as bombas, a mais poderosa bomba não-nuclear de todos os tempos teria um efeito somente inferior ao das armas nucleares.

Foi lançada no Afeganistão como símbolo da disposição guerreira do governo Trompa.

Os porta-vozes do governo anunciaram a proeza da MOAB, com triunfante entusiasmo.

Criou-se, segundo eles, uma gigantesca cratera “lunar” no ponto onde a bomba explodiu. E acabou com o ISIS na região.

A devastação causada teria sido terrível, as cavernas e túneis onde se emboscavam os milicianos do ISIS foram varridas.

E autoridades locais afirmaram que 96 milicianos foram mortos.

Membros do governo Trump bateram bumbo.

Norte-coreanos insensatos, tremei ! E desistam, antes que a MOAB os mandem para o inferno, antes da hora.

A BBC interessou-se em conhecer os efeitos mortíferos dessa bomba.

Infelizmente, o agit- prop americano não tinha apresentado fotos e/ou vídeos que os mostrassem.

E não dava para confiar nas estatísticas de autoridades regionais afegãs.

Diante disso, a BBC enviou um repórter ao Afeganistão para conferir tudo in loco.

Assumindo que você não pretende viajar para o Afeganistão, conheça algumas impressões do homem da BBC.

“Fiquei confuso. Informações sobre a bomba me fizeram imaginar que ela tinha arrasado totalmente uma fortaleza do ISIS, aqui no distrito de Achin…e que o ISIS tinha sido aniquilado. ”

Como ele não viu nada disso, revelou sua surpresa a uma autoridade local, que comentou: “Para um início (de ofensiva), esta bomba não foi tão poderosa quanto você pensa”

E, de fato, o reporter conta que, em vez da paisagem lunar, ele viu árvores verdejantes a 100 metros do lugar onde a MOAB caíra.

“Não havia uma imensa cratera. Algumas árvores tinham sido queimadas e algumas construções estavam achatadas. Não muito longe, viam-se casas ainda de pé e havia árvores em volta. ”

Enfim, uma paisagem pacífica.

Continuando sua visita, o repórter da BBC percorreu uma caverna nas proximidades.

Foi onde um soldado informou: “o Daesh (como o ISIS é chamado no Afeganistão) não foi para lugar algum longe daqui. Há centenas de cavernas iguais àquela que os americanos bombardearam. ”

No fim, o repórter concluiu: “Parece claro que a bomba lançada em 13 de abril não chegou nem perto de nocautear os milicianos do ISIS, entrincheirados na região. (Lançar a bomba) foi uma artimanha para mostrar ao mundo que sua missão estava indo bem. Mas isso não foi o tipo de bomba sobre que eles falaram na mídia. ”

No dia 20 de abril, o jornal online, Político, pediu dados ao general James Matis, os números da destruição promovida pela “mãe de todas as bombas”.

O secretário da Defesa dos EUA respondeu que nada feito. “Não vamos perder tempo, enviando soldados para investigarem os efeitos da MOAB.”

Especialmente se não fossem muito abaixo das expectativas.

 

 

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *