Lieberman ameaça acabar com a Autoridade Palestina.

Avigdor Lieberman, o falcão-mor de Israel, está profundamente irritado com o prometido pedido dos palestinos à ONU por seu reconhecimento como estado observador não-membro.

Em reunião com lady Catherine Ashton, a diretora de política internacional da Europa Unida, ele declarou: “Se os palestinos forem à Assembléia Geral da ONU com essa nova iniciativa unilateral, eles precisam saber que estarão sujeitos a severas medidas de Israel e dos EUA.”

E fulminou: “Se persistirem com esse projeto, eu assegurarei que a Autoridade Palestina entre em colapso.”

Destruir o governo de outro povo é algo próprio de quem não respeitam nem leis, nem direitos humanos.

Historicamente, é o que fizeram Gengis Khan, Tamerlão e, sinto muito dizer, Adolf Hitler.

Claro, Lieberman não pretende utilizar os mesmos meios violentos dessas personalidades.

Vivemos outros tempos, certamente mais brandos.

Mas a postura de Lieberman, cujo partido acaba de fundir-se com o Likud, de Netanyahu, não está de acordo com as leis modernas, que regulam as relações entre as nações.

Na verdade, se o ministro israelense concretizar sua ameaça, fará um favor a parte dos líderes palestinos, radicalmente contrários à existência da Autoridade Palestina, por eles vistas como algo semelhante ao governo colaboracionista de Vichy, na França dominada pelos alemães.

Porque aí não restará às facções que dividem os palestinos senão um caminho: a resistência civil.

Lembro que foi seguido por Gandhi na Índia.

E deu certo.

 

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