O presidente do Irã continua surpreendendo, com ações que reforçam a abertura em seu país.
Ele está levando um judeu na sua comitiva na visita à Nova Iorque para a Assembleia Geral da ONU.
É Siamak Moreh Sedgh, representante da comunidade judaica no parlamento iraniano.
Fica no Irã a maior comunidade judaica do Oriente Médio, com cerca de 25 mil pessoas.
Eles gozam de liberdade religiosa, contando com 20 sinagogas, um jornal (o Ofog-e-Bina), um hospital, um cemitério e uma casa de saúde para idosos.
Por sinal, quando este hospital estava em difícil situação financeira, foi o presidente Ahmadinejad quem o socorreu, com uma grande doação financeira.
Atualmente, não existe anti- semitismo no Irã.
Começaram a haver perseguições, em 1979, logo após a revolução que depôs o xá.
Terminou quando o Supremo Líder Komenin emitiu um fatwa (decreto) , ordenando que os judeus deveriam ser protegidos como uma minoria religiosa.
Hoje a lei lhes garante igualdade de direitos.
Trabalham na administração pública, mas, na prática, dificilmente chegam à alta direção. Podem entrar no exército, onde também raramente são promovidos a oficiais.
A verdade é que o mesmo acontece em Israel: há islamistas militares e funcionários públicos apenas em cargos subalternos.
Outro gesto de boa vontade do governo em relação aos judeus aconteceu no ano novo deles.
Rouhani e Zarif, Ministro do Exterior, postaram no twiter, mensagens de congratulações dirigidas à comunidade judaica.
Ironicamente, a filha da Nancy Pelosi, líder dos democratas na Casa dos Representantes, escreveu a Zarif, dizendo que melhor seria que o Irã parasse de negar o Holocausto.
Prontamente, Zarif respondeu; “O Irã nunca negou. O homem que fez isso já foi embora. Feliz ano novo.”