O governo conservador do Reino Unido está iniciando uma campanha para limitar ao máximo o poder
dos sindicatos do país. Lançou uma lei que fez a esquerda inglesa perder a fleugma. Entre outras
medidas, ela proíbe greves que não tenham sido votadas pela metade dos membros do sindicato.
Como isso seria praticamente impossível de acontecer, as greves acabariam se tornando apenas uma
reminiscência do passado glorioso do Reino Unido.
Como o Partido Conservador detém uma sólida maioria no parlamento, as perspectivas de aprovação
de sua tão criticada iniciativa são totais.
No entanto, mesmo no partido, há deputados radicalmente contrários.
Como David Davis que comparou partes da lei a medidas do regime fascista do general Franco, que
governou a Espanha durante mais de 30 anos.
Davis citou um exemplo do que condenava: segundo a lei anti-greve, os piqueteiros teriam de fornece
seus nomes previamente à força policial.
Acho que a idéia por traz desta disposição seria formar uma lista negra de elementos indesejáveis,
para não serem mais contratados pelas empresas.
Nos EUA, há quem pense em copiar os conservadores da rainha.
Scott Walker, pré-candidato republicano à presidente dos EUA, numa reunião em Las Vegas no
dia 14 de setembro, defendeu a proibição dos funcionários públicos federais terem seu sindicato.
Quanto aos trabalhadores do setor privado, ele não vai tão longe.
Walker apresenta uma série de medidas que poderão torná-los inofensivos gatinhos. Segundo
os especialistas no Direito do Trabalho, as posições de Walker demoliriam o Ato das Relações
Nacionais de Trabalho, de 1935 (tempos de Roosevelt), considerado um marco no Direito dos EUA.
Os eleitores republicanos estão gostando das idéias de Scott Walker.
Na última pesquisa de votos, ele estava em segundo lugar, logo atrás do destemperado Donald
Trump, e à frente de Jeb Bush, o representante da dinastia texano-petrolífera dos Bush.
Bill