Os EUA estão tão preocupados com a proliferação nuclear que assinaram um tratado com a Rússia para ambos liquidarem gradativamente seus arsenais dessas armas.
Pela mesma razão, impuseram sanções esmagadoras sobre o Irã, embora haja apenas suspeitas de que Teerã esteja buscando esse caminho.
Suspeitas, aliás, desmentidas pelos próprios serviços secretos do bom Tio Sam.
Quando o fantasma da crise forçou o presidente Obama a cortar despesas com a Defesa, sua tesoura atingiu também o orçamento nuclear americano.
Foi coerente com suas ideias, todo mundo aplaudiu.
Assim, as verbas dos programas de armas nucleares do Departamento de Energia foram reduzidos em 7%. Ou seja, perderam 500 milhões de dólares.
Não parece muito, mas já era alguma coisa.
No entanto, causou surpresa geral quando oficiais anônimos, segundo a revista Foreign Police, comunicaram também cortes nos programas de não- proliferação nuclear, por sinal, muito maiores: 20%.
Portanto, o governo Obama, no seu objetivo de livrar o mundo da ameaça nuclear, deu um passo à frente e dois para trás.
Na verdade, os EUA, apesar das suas sempre proclamadas boas intenções, está gastando muito mais em armas nucleares do que na sua destruição.
No próximo ano, serão 7 bilhões contra 2,45 bilhões.
Estão programados a modernização das ogivas mais antigas e a construção de uma nova fábrica de processamento de urânio, no estado de Tennessee.
Nada mal para um país empenhado na não- proliferação de armas nucleares…