EUA bloqueiam bombas de fragmentação para sauditas.

As bombas de fragmentação são uma ameaça permanente para os civis.

Quando lançadas, elas se dividem em múltiplas pequenas bombas que se espalham por uma grande área, maior do que o campo de batalha.

Não só matam até quem está longe do conflito, como também continuam matando por anos, às vezes décadas. É que algumas não explodem, penetram na terra, atingindo mortalmente civis inocentes que, por azar, pisam sobre elas.

Por esse efeito letal particularmente brutal e traiçoeiro, que não poupa nem mesmo velhos, mulheres e crianças, as bombas fragmentárias foram proibidas por um tratado internacional, em 2008, assinado pela maioria das nações.

Rússia e EUA, justamente os maiores produtores e comercializadores dessas armas, negaram-se a assinar.

Apesar de sua estranha recusa, os americanos aprovaram uma lei que proíbe a venda de bombas fragmentárias a países que as usam em áreas habitadas.

Essa violência vem sendo praticada pela Arábia Saudita e aliados contra os houthis no Iêmen, com quem entrou em guerra desde março do ano passado.

Há mais de um ano, fontes com crédito já denunciaram que bombardeios sauditas lançaram bombas fragmentárias em várias regiões do país, com um saldo  de centenas de civis mortos.

Finalmente, o governo Obama resolveu deixar de ser cúmplice destas cruéis operações.

Ele determinou que os EUA não mais exportassem essas bombas proibidas para a Arábia Saudita e seus aliados na guerra contra o Iêmen.

Critica-se a demora em tomar uma atitude tão necessária em defesa do povo iemenita.

Eu prefiro dizer que o copo está cheio pela metade.

Acho que Obama marcou um ponto a seu favor contra um dos seus principais aliados no Oriente Médio.

Mostrou que, para ele, direitos humanos estão acima dos interesses políticos

Pelo menos neste episódio.

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