Enquanto o governo do primeiro-ministro Abe comunicou aos moradores de Fukushima que poderiam voltar a Fukushima pois a radioatividade ficara normal, o Greenpeace comunicou o contrário.
Tendo sua equipe de cientistas pesquisado as condições da região, o movimento ambientalista publicou um relatório alarmante.
Nos rios que passam nas áreas liberadas pelo governo, as amostras colhidas mostraram um nível de contaminação incompatível com a vida humana.
Existe agora centenas de vezes mais substâncias radioativas no solo oceânico da costa de Fukushima do que em 2011, antes do desastre nuclear.
O nível de materiais perigosos nos rios é 200 vezes maior em comparação com o nível do solo oceânico do Oceano Pacífico. O que “destaca a enormidade e longevidade da contaminação ambiental e os riscos à saúde pública resultante do desastre de Fukushima, ” diz Kashiwagi, diretor do Greenpeace.
Quanto às florestas e sistemas de águas subterrâneas da área “limpa” (segundo o governo) “permanecerão fontes perenes de radioatividade durante um futuro imprevisível”, segundo os cientistas da pesquisa.
Enquanto o nível de Césio-137 no solo oceânico ao lado da usina de Fukushima era de apenas 0.26 Bq/kg antes do desastre nuclear, o número atual subiu para assustadores 120 Bq/kg.
O que demonstra que o Césio será uma ameaça à saúde humana pelas próximas centenas de anos. E que o local atual da usina “permanece uma das maiores ameaças nucleares para a comunidade de Fukushima. “.
“As centenas de milhares de água altamente contaminada, o aparente fracasso da parede de gelo erguida para reduzir a contaminação das águas subterrâneas e o perigo sem precedentes causado pelos três núcleos de reatores fundidos- tudo se soma para demonstrar que a crise nuclear está muito longe de ser superada”, diz Ulrich, chefe das campanhas do Greenpeace no Japão.
Cabe agora ao governo do primeiro-ministro Abe pelo menos mandar analisar novamente a situação em Fukushima.
Antes de expor seus súditos a um destino dos mais sinistros.