O Likud, que já é um partido de direita, vai ficar ainda mais direitista.
Os políticos fundamentalistas obtiveram completa vitória nas eleições internas.
Em Israel, o eleitor vota na lista de candidatos do seu partido favorito.
A lista de cada partido é formada priorizando os candidatos mais votados pelos seus membros.
Os candidatos classificados nos primeiros lugares da lista terão as melhores chances de vencer.
Os mais extremistas líderes do Likud foram bem votados e conseguiram boas colocações.
Entre eles Moshe Feiglin, que defende a anexação da Margem Oeste por Israel e a expulsão, não só dos árabes palestinos, mas também dos árabes israelenses.
Ele se distinguiu por opor-se ao Acordo de Oslo, que propõe a solução dos 2 estados, liderando um movimento que bloqueava as estradas do país durante as discussões do acordo.
Por esta façanha, foi preso e condenado a 6 meses de prisão.
Enquanto Feiglin e outros expoentes da ultra-direita receberam grandes votações, os líderes mais moderados do Likud – Beny Begin, Dan Meridor e Michael Eitan – saíram-se tão mal que dificilmente serão reeleitos.
A maioria dos candidatos da tendência deles também ficaram mal classificados na lista.
Como o Likud fará chapa única com o ainda mais direitista Yisrael Beitenu, do Ministro Avigdor Lieberman, teme-se pela paz no próximo governo.
A união dos dois partidos fundamentalistas israelenses é favorita nas eleições parlamentares de janeiro.
Netanyahu será provavelmente mantido na chefia de um governo que tem tudo para ser ainda mais radical e belicoso nas questões da Palestina e do programa nuclear iraniano.
Sai de baixo.