O general Gadi Eisenhof, chefe das forças armadas israelenses, deixou indignadas líderes moderados ao indicar Eyal Karim para rabino-chefe do seu comando.
Karim recebeu pesadas críticas por suas opiniões sobre mulheres, gays e não-judeus.
Ele é contra mulheres no exército e quer a proibição delas testemunharem, devido a sua natureza sentimental.
Pior do que isso: o rabino acha aceitável o estupro de mulheres gentias (não judaicas) em tempos de guerra e matar suicidas portadores de bombas, mesmo depois de feridos. Também sustenta que os gays devem ser tratados como “pessoas doentes. ”
Em 2003, respondendo a perguntas enviadas por leitores do site religioso Kipá, Karim assegurou que terroristas não devem ser tratados como seres humanos.
Diante de opiniões tão inadequadas para um servo de Deus, a deputada Shelly Yacymovich (União Sionista), membro do comitê de Defesa e Assuntos Estrangeiros comentou: “Este estranho e embaraçoso caso do rabino Karim deve ser concluído urgentemente com anúncio imediato de que ele não será o próximo rabino-chefe. ”
Outro deputado, Ofer Shelah (do Yesh Atid) disse: “Conheço Eyal Karim desde quando ele não era rabino…e sua indicação deve ser retirada. E imediatamente. ”
Mas o general Eisenhof não estava nem aí com essas exigências.
Depois de uma conversa com o rabino Karim, na qual discutiram sobre o assunto, decidiu manter sua controversa indicação.
Depois da reunião, o estranho rabino dirigiu uma carta aos soldados israelenses dizendo que, com ele, o rabinato militar respeitaria todas as pessoas seja qual for sua religião, raça e orientação sexual.
E ainda respeitava a necessidade de mulheres servirem nas forças armadas.
Referindo-se às acusações, ele disse: “Uma tempestade cresceu a respeito de umas respostas que eu dei pela internet há mais de 12 anos atrás quando ainda era um civil. ”
Foi considerado assim o dito por não dito.
O rabino deixou claro que suas opiniões diferiam das que propagava quando era civil, há muito tempo atrás.
Nada disse quanto a ideias como a permissão do estupro de mulheres gentias na guerra e do assassinato de terroristas suicidas quando feridos.
Além de considerar que os terroristas devem ser tratados como animais.
Teria sido esquecimento?
Ou uma omissão deliberada?