Neste ano, investigação do Senado revelou torturas da CIA no governo Bush que chocaram a nação.
Mas o governo Obama preferiu enfiar para baixo do tapete alguns fatos particularmente escandalosos.
116 páginas do relatório, com detalhes de deixar os cabelos em pé, tiveram sua publicação proibida, considerados “classificados”, ou seja, divulgação proibida por “interesses da segurança nacional.”
Inconformado, o advogado de Abu Zubaydah, um dos prisioneiros de Guantánamo, resolveu dar o serviço.
O referido Zubaydah foi submetido ao waterboarding (que produz sensação de afogamento) nada menos do que 83 vezes durante um único mês.
Para o governo, a revelação dessa tortura sistemática poria em risco a segurança dos EUA…
Abu Zubaydah já está há 9 anos preso em Guantánamo.
Não foi acusado de crime algum, embora já tenha sido punido: as torturas que sofreu o deixaram cego.
Esta proteção dada à CIA pelo governo Obama é altamente discutível.
Quanto mais se revelar as maldades da agência, mais repulsa despertará no povo.
E a rejeição da sociedade à esse tipo de interrogatório poderá acabar reprimindo sua prática.