Bomba palestina na assembléia da ONU.

Suspense no Oriente Médio!   Em entrevista à mídia árabe, Mahmoud Abbas, presidente

da Autoridade Palestina, anunciou que  lançaria uma verdadeira bomba no seu discurso

na assembléia geral da ONU, em 29 de setembro.

Negou-se a dizer o que seria.

Forneceu apenas uma pista: algo relativo aos acordos de Oslo, de 1993, nos quais os

líderes palestinos e israelenses concordaram na futura independência da

Palestina.Objetivo a ser alcançado em várias etapas, começando com a criação de uma

Autoridade Palestina, que administraria a Cisjordânia, sob o controle de Israel.

A principal aposta é que Abbas cancelará os acordos de Oslo, baseando-se nas

repetidas violações israelenses, tais como a expansão de assentamentos judaicos na

Cisjordânia, as demolições de casas de palestinos e as destruições das infra-estruturas

palestinas nas áreas A e B da região.

O cancelamento dos acordos de Oslo certamente implicará no fim da Autoridade Palestina.

Com isso, Israel ficaria responsável pela administração e pela segurança de toda a

Cisjordânia, como uma “força de ocupação”.

E a Palestina seria declarada formalmente “um Estado sob ocupação estrangeira”,

situação inaceitável

pela comunidade internacional.

A conseqüência é que a ONU teria de conceder à Palestina completo status de Estado- membro..

Nada disso agrada a Israel.

Muito pelo contrário.

Assumir a administração de toda a Cisjordânia iria incorrer em inesperadas despesas, gravando pesadamente seu orçamento..

Passando a controlar a segurança da região, função ora exercida pela própria polícia

palestina, o exército de Israel teria de aumentar muito suas operações, envolver-se de

forma mais radical na repressão das manifestações populares anti-ocupação. O que

acabaria resultado em um número crescente de vítimas palestinas, abalando

continuamente a já má imagem internacional do regime de Telaviv..

Mais do que tudo: as vitórias dos palestinos na ONU trariam avanços no estabelecimento

de um Estado da Palestina independente e viável, coisa que o governo atual de Telaviv

não quer de jeito nenhum.

Por isso mesmo, autoridades israelenses estão ameaçando Abbas.

Se for longe demais, ele poderá ser preso.

Ou pelo menos, impedido de sair da Cisjordânia,  como Israel já fez com Iasser Arafat.

Talvez sejam ameaças vãs.

A comunidade internacional- até mesmo os EUA de Obama –não ficariam passivos

diante de violências desse porte.

Ela cansou de engolir os fatos consumados dos governos de Israel.

Já não é mais tão tolerante.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Isr

 

 

 

 

 

 

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