Em 2003, estava bombando a política de “renidtions” do governo Bush, na qual suspeitos de ligações terroristas eram presos pela CIA no estrangeiro e transportados a outros países para interrogatórios com torturas.
Foi quando aconteceu em Milão o rapto de Mustafa Hassan Nasr em plena rua.
Ele foi levado clandestinamente a bases americanas naItália, Alemanha e no Egito
Durante 14 meses, Mustafá passou horas bastante dolorosas nas mãos dos zelosos interrogadores da CIA.
Como ficou em silêncio e não se descobriu nada contra ele, acabaram deixando o cidadão ir embora.
De volta a Milão, Mustafa procurou a justiça italiana e denunciou as brutalidades sofridas.
O processo subseqüente concluiu pelas culpas de 26 agentes da CIA e mais alguns do serviço secreto italiano.
Os americanos foram julgados in absentia pois tinham se apressado a fugir de eventuais punições legais.
Tendo sido a sentença de primeira instância publicada em 2009, houve recursos ao Tribunal de Justiça italiano, que manteve a condenação, em 2012.
Dos 26 agentes americanos, apenas um fora preso até agora: Robert Lady, o chefe da CIA na Itália, detido pelas autoridades do Panamá, atendendo a um mandato de captura do governo de Roma.
Mas como o Panamá gravita em torno dos EUA, Lady, que fora sentenciado pelos italianos a 12 anos de prisão, em apenas 24 horas já estava leve, lindo e solto..
Agora, porém, há chances de um dos 26 raptores da CIA conhecer as agruras da vida numa prisão.
Autoridades de Lisboa acabaram de prender Sabrina de Souza, que a justiça italiana tinha condenado a 7 anos de prisão.
Os portugueses solicitaram instruções a Roma.
Aí o governo do país de Da Vinci ficou numa saia justa.
Seu primeiro-ministro, Matteo Renzi, pertence à mesma safra de “socialistas” do tipo do francês Hollande e do inglês Blair.
Seu dever seria solicitar a extradição da agente julgada e condenada por seus juízes.
Mas…cadê a coragem para afrontar o bom Tio Sam, fiel protetor da CIA.