A proposta de orçamento de Donald Trump privilegiou particularmente a Defesa e o muro na fronteira com o México.
Coerente com seu América First, o magnata, ora no exercício da presidência dos EUA, achou necessário tornar as forças armadas de Tio Sam as melhores do mundo, o que, aliás, já são, e há muito tempo.
Daí o acréscimo de 54 bilhões de dólares.
Quanto ao muro, embora tenha tornado a imagem americana particularmente odiada pelo povo mexicano, vai ganhar 4 bilhões de dólares. Isso como primeiro desembolso pois o custo total deve ficar próximo a 12 bilhões.
Todo o dinheiro necessário deve sair do Departamento de Estado, do Serviço de Proteção Ambiental (EPA), entre outros setores.
Aparentemente, The Donald acha que a diplomacia não precisa de tanto dinheiro já que o presidente pretende fazer das armas o melhor argumento para defender as pretensões da Casa Branca no mundo.
Quanto ao EPA, Trump já disse muitas vezes que é preciso cortar as azas dos ambientalistas, para não continuarem prejudicando as empresas com suas absurdas regulamentações.
Por fim, a tesoura presidencial atingiu os sem-teto. E fundo.
A ideia é eliminar de uma vez o US Interagency Councial on Homelessness.
Para completar, bilhões de dólares serão cortados dos recursos atribuídos ao Department of Housing and Urban Development, que ajuda a disponibilizar habitações de baixo custo a famílias muito pobres.
Diane Yemel, presidente da Natin Low Income Housing Coalision, ONG defensora das reivindicações desse pessoal, declarou que a proposta presidencial inclui alguns dos mais profundos cortes em habitação desde quando o presidente Ronald Reagan, decidiu em 1980, cortar dramaticamente os recursos destinados aos que não tinham casa.
Agora, com Trump, os sem teto devem continuar sem teto.