Steve Bannon- o estrategista mor de Donald Trump- é considerado na imprensa americana “a voz que fala nos ouvidos do presidente.”
E Trump lhe dá tanto valor que reformulou o importantíssimo Conselho de Segurança Nacional para dar uma vaga a Bannon.
Na ocasião, rebaixou o Chefe da Inteligência Nacional e o Chefe do Estado-maior Conjunto das Armas dos EUA. De agora em diante, eles não se sentam à mesa do Conselho de Segurança, somente quando os assuntos que serão discutidos dizem respeito ás suas respectivas áreas.
Steve Bannon é muito semelhante a Trump. Note que ambos são louros e tem cabeças grandes e quadradas. Como seu chefe, Steve é arrogante, autoritário e rejeita críticas de modo virulento. Fo assim que ele se dirigiu à imprensa, nomeando-a “o partido da oposição” e mandando que seus representantes se calassem, pois não conheceriam a América, o que seria privativo do iluminado Trump e seus brilhantes acólitos.
Bannon tem um currículo e tanto, considerando os critérios do presidente. Notabilizou-se por sua direção do Breitbart News, tornando esse site um paladino das posições da extrema-direita mais rançosa e atrasada.
O racismo, a supremacia branca, a xenofobia, a rejeição do aborto em qualquer situação são algumas das suas principais causas. Para defender essas bandeiras, o site de Bannon não vacila em espalhar teorias da conspiração, em geral muito longe da verdade. Como quando acusou falsamente milhares de islamitas de New Jersey de terem dado uma festa para celebrar o atentado contra a Torres Gêmeas. Mentira que Donald Trompa, apenas bilionário e astro de TV na época, apressou-se em compartilhar no seu tweeter.
David Dule, ex-líder da notória Ku-Klux-Khan, festejou a nomeação de Bannon. Ele a qualificou como “excelente”. Foi “incrível”, nas palavras de Peter Brimelow, diretor do site nacionalista-branco, VDARE.
O novo estrategista-mor de Trump estreou nas suas funções elaborando com seu chefe a ordem executiva que proíbe a entrada nos EUA dos cidadãos de 7 países árabes escolhidos. Informa-se também que é de sua autoria a proposta de banir também os portadores de “green card” (autorização para viver nos EUA).
Tendo uma alma gêmea a seu lado, Trump nem pediu aos experts do Departamento de Estado ou do Departamento de Segurança Interna opiniões sobre o banimento.
Pra que?
Afinal, Bannon knows best.
Ele anda muito atarefado, atualmente.
Os jornais americanos anunciam que o presidente estaria pensando em ampliar o alcance de sua primeira decisão anti -imigrantes, incluindo um número muito maior desses estrangeiros indesejáveis. Agora, alegando que seria para defender os empregos dos americanos.
Nesse novo pacote de maldades, a contribuição de Bannon deve ser relevante.