Eles são um elemento crucial para uma democracia saudável e os governos deveriam protegê-los, em vez de demonizá-los. É o que afirma David Kaye, relator especial da ONU para promoção e proteção dos direitos de liberdade de opinião e de expressão.
Kaye é professor em universidade da Califórnia mas não vacilou em criticar a forma dura com que são tratados pelos Estados Unidos delatores como Edward Snowden e Chelsea Maning.
Por ter revelado a espionagem das comunicações privadas de americanos e de autoridades estrangeiras Sonwden teve de fugir para a Rússia,onde até hoje vive exilado.
Caso volte a seu país, será processado pela prática de três supostos crimes, inclusive pela lei de espionagem, promulgada durante a Primeira Grande Guerra, a qual não permite que o acusado se defenda sob alegação de ter agido no interesse dos EUA.
Acusada, julgada e condenada por revelar fatos pouco abonadores da política externa americana, Manning cumpre longa pena de prisão.
O governo americano não deixou por menos: aplaudiu as conclusões do relatório, acrescentando que ele até que respeita os delatores. E só os processa quando eles revelarem fatos secretos com intenção, ou com razões para acreditar que a informação será usada para ferir ou prejudicar os EUA, ou fornecer vantagens a outras nações.”
Se fosse verdade, tanto Snowden, quanto Manning deveriam estar livres.
O objetivo de suas delações era levar o governo do seu país a mudar práticas lesivas aos valores da sociedade americana.
O que permitiria ao governo corrigir o que está errado, o que só poderia ser benéfico a quem pretende liderar a humanidade.
E deixaria Jefferson, Adams, Jefferson, Tom Paine e os outros “pais da pátria” muito felizes com a nação que criaram sob o signo da justiça e da liberdade.