O Nakba é o dia em que os palestinos lembram a tomada do país pelo exército de Israel.
Numa das habituais manifestações, dois jovens palestinos, de 16 e 17 anos, foram mortos por agentes israelenses.
Defendendo-se, Israel alegou que seus agentes não usaram armas de fogo, apenas balas de borracha, e que agiram em auto-defesa.
No entanto, num vídeo posteriormente revelado, ficou claro que a manifestação era absolutamente pacífica. E os jovens não ofereciam perigo algum aos membros das forças de segurança.
Mais tarde, realizada a autópsia dos mortos, soube-se que ficou provado terem sido atingidos por munição real. Estavam nítidos orifícios de entrada e saída e fragmentos de balas nos corpos.
Não dava para contestar a honestidade dos autores da autópsia, dois experientes cientistas forenses israelenses e o chefe do instituto forense palestino.
A mentira israelense foi desmascarada.
Até os EUA pediram que o governo de Telaviv investigasse o caso a fundo.
E o Human Rights Watch considerou que se tratava de um verdadeiro crime de guerra. Sarah Lee Whitson, diretora para o Oriente Médio e Norte da África, declarou: ”Israel tem a responsabilidade de processar as forças que alvejaram esses jovens e também a responsabilidade por permitir o uso de munição real pela polícia numa demonstração.”
Não foi a primeira vez que isso aconteceu, nem será a última, enquanto as conseqüências se limitarem a pedidos de inquérito e condenações verbais.