Em 1938, o presidente Lazaro Cardenas nacionalizou o petróleo mexicano.
As empresas Standard Oil e Royal Dutch-Shell foram expropriadas, em favor de uma nova estatal, a PEMEX.
A reação dos governos americanos e inglês foi violenta. Promoveram um boicote internacional do petróleo e de outros produtos do México, ao qual muitos outros países aderiram.
O México quase foi à bancarrota, mas, com o início da segunda guerra mundial, a PEMEX passou a exportar para os países do Eixo, Alemanha e Itália.
O boicote acabou sendo suspenso e o México saiu do buraco.
Hoje a PEMEX é a segunda maior petrolífera da América Latina, logo depois da Petrobras.
O monopólio estatal do petróleo mexicano manteve-se incólume até agora, quando o presidente Peña Nieto pretende modificá-lo, abrindo a PEMEX para investimentos de multinacionais estrangeiras.
Começa a crescer uma campanha popular contra essa medida.
Na semana passada, milhares de mexicanos se reuniram numa grande manifestação na Cidade do México em defesa do monopólio estatal do petróleo.
Falando ao povo, o líder oposicionista Lopes Obrador acusou o governo Nieto de estar agindo contra a PEMEX: “Querem saquear e acabar de destruir a empresa (petrolífera) nacional”.
Nieto defende-se, alegando que a proposta de abertura não enfraquecerá a PEMEX, mas a tornará mais eficiente.
A campanha mexicana do “petróleo é nosso” pode ser um grande obstáculo a seus planos.
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