Obama deve vencer no Senado, depois de conseguir aprovar a guerra da Síria na comissão de Relações Exteriores por 10 x 7.
Na Casa dos Representantes a parada deve ser mais difícil.
Os liberais e progressistas do Partido Democrata, mais os libertários do Partido Republicano, podem atrair votos atualmente incertos.
È preciso contar também com os republicanos radicais, que costumam ser contra tudo que Obama propõe.
Somando todas estas forças dispares, uma derrota do presidente não seria surpreendente.
É verdade que, com ou sem a chancela do Congresso, Obama pretende lançar os EUA em mais uma aventura guerreira.
Há uma terceira posição, discutida por um grupo de representantes: limitar ao máximo a intervenção americana, diminuindo o prazo de 60 dias concedido pelo Senado, proibindo o envio de soldados e uma intervenção direta para derrubar Assad, exigindo pressão do governo para forçar negociações de paz, entre outras ideias.
Obama não gostaria de nada disso.
Segundo o senador (pró-guerra) John McCain, o presidente lhe teria assegurado que, caso os mísseis americanos não mudassem a tendência da guerra, ora favorável ao ditador sírio, ele tomaria outras atitudes para reverter a situação e favorecer de uma vez a vitória rebelde.
Obama quer o apoio dos seus parlamentares principalmente para dividir com eles as responsabilidades pela caixa de Pandora, que pode ser o ataque.
Outro motivo é que Hollande, o presidente da França, informou que, sem o nihil obstat do Congresso americano, ele não vai à guerra. Os EUA seriam obrigados a encarar a parada sozinho.
E Obama não poderia continuar proclamando que a “comunidade internacional” está com ele.