Apesar do que diz editorial da Folha (5/9), o povo dos EUA não está dividido quanto ao ataque à Síria.
Veja as conclusões de pesquisa da Pew Research, publicada no dia 3 de setembro.
Enquanto apenas 29% dos americanos são favoráveis aos ataques aéreos, 48% se opõem.
A grande maioria prevê consequências negativas da intervenção americana.
74% acham que provocaria uma forte reação contrária aos EUA na região.
Para 61%, os ataques resultarão numa ampliação do comprometimento militar dos EUA.
Apenas 32% consideram claras as explicações de Obama sobre sua decisão beligerante. Muito poucos, comparando com os 48% que, segundo pesquisa, declararam entender bem as razões invocadas por Bush para a invasão do Iraque, em 2003.
Esses resultados estão em linha com os obtidos em outra pesquisa, do Washington Post/ABC.
Diante da afirmação de que os EUA teriam determinado que Assad fora responsável pelas bombas químicas, 59% responderam que, ainda assim, eram contra a guerra. Somente 36% apoiavam.
Parece mesmo que a maioria do povo americano não quer guerra contra Assad, de jeito nenhum.
Mas, o que fazer se Obama quer?
E não só ele: também o war party, a indústria de armamentos, os generais-políticos do Pentágono, as agências de Inteligência, os lobbies pró-Israel, a Arábia Saudita e todos os demais defensores dos objetivos imperiais dos EUA.