Hagel se curva a Israel.

Depois de Obama e John Kerry, o secretário de Defesa, Chuck Hagel, completou as visitas do trio de supremos dirigentes americanos a Israel para jurar fidelidade.

Logo na chegada, já foi dizendo que, para Washington, era OK os israelenses atacarem o Irã.

Bem, ele não precisava contestar o direito de Telaviv atacar quem quisesse, mas antecipar-se, aprovando, me parece demais.

Hagel foi além: afirmou que EUA e Israel pensavam o mesmo a respeito do programa nuclear iraniano. Sendo verdade, foi uma guinada e tanto.

Enquanto Bibi dizia que bastava o Irã conseguir capacidade nuclear para merecer uma intervenção armada, Obama afirmava que entraria em ação somente para impedir a produção de armas nucleares.

No entanto, o mais grave foi Hagel servir de portador de um pacote de 10 bilhões de dólares em armamentos.

São os aviões e helicópteros mais modernos do mundo que, segundo o secretário de Defesa, darão a Israel o domínio dos céus do Oriente Médio.

Chegam justamente num momento em que os tambores da guerra contra o Irã soam de maneira ensurdecedora em Telaviv.

Considerando essa circunstância, parece que os EUA, mais do que aprovam, também já estão participando do provável bombardeio das usinas nucleares iranianas.

O que marcaia o tipo de largada de uma guerra que se estenderia por todo o Oriente Médio.

Convém lembrar o que disse a respeito desse tipo de atitude o Tribunal de Nuremberg, que julgou os crimes do nazismo: “Iniciar uma guerra de agressão é não apenas um crime internacional; é o supremo crime internacional.”

Claro que não foi só para fortalecer as Forças Armadas israelenses que o governo Obama realizou esse negócio.

Igualmente a indústria americana de armamentos foi beneficiada com esse aumento tão agradável nos seus lucros.

E, não vamos esquecer os senadores e deputados do Israel, First, que pressionaram incansavelmente a Casa Branca para derramar mercês em Israel, provando seu amor incondicional.

Para alguns, foi mesmo para provar isso que Hagel prestou-se a levar armas para uma guerra injusta, ele que sempre defendeu a paz.

Depois de sua indicação para a Secretaria de Defesa ter sido combatida a ferro e fogo no Congresso por sua atuação independente em relação á Israel, ele precisava mostrar que não era tanto assim.

Infelizmente de uma forma que não vai contar muito em sua biografia.

 

 

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