Putin ataca as ONGs.

Nem bem foi eleito presidente, Putin enviou ao parlamento uma lei  exigindo que todas as ONGs que recebessem fundos do exterior fossem registradas como “agentes estrangeiros.”

Claro, foi aprovada, Putin tem maioria.

Ele acha que essas ONGs, como é natural para “agentes estrangeiros”, interferem na política russa, no interesse dos países (leia-se EUA) que as financiam.

Na procura de provas de suas acusações, autoridades russas já revistaram os escritórios de cerca de 2.000 ONGs.

Na semana passada, procuradores federais e fiscais do imposto de renda realizaram uma auditoria de surpresa na sede da Anistia Internacional. Estranhamente solicitaram documentos que o governo já possui em seus arquivos.

A Human Rights Watch também foi vistoriada pelos representantes do governo russo. Tratou-se de uma investigação ilegal, segundo dirigentes da ONG, uma vez que não havia nenhuma evidência que ela havia infringido a lei.

As autoridades começaram suas vistorias pela Memorial, uma organização que possui a mais completa documentação dos tempos de repressão do estalinismo, consultada por estudiosos de todo o mundo.

Essa ONG recusou-se a se registrar como “agente estrangeiro”, alegando que isso a qualificaria como espiã. Por enquanto, não houve alguma reação oficial.

Segundo os ativistas de direitos humanos o objetivo desse processo inquisitorial é abafar a oposição a Putin.

De fato, algumas ONGs incomodam o governo com suas críticas a violências contra os direitos humanos que se repetem na Rússia.

Mas não se pode negar que as acusações de Putin , em certos casos, podem ter fundamento

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