Especialistas independentes da ONU examinaram como o exército dos EUA no Afeganistão está cumprindo seu compromisso com o “Tratado Internacional dos Direitos das Crianças em Conflitos Armados.”
E deram nota baixa.
Centenas de crianças já foram mortas em ataques aéreos das forças americanas, sendo que o número dobrou de 2010 para 2011.
Os responsáveis jamais foram julgados.
Menores de 18 anos padecem em prisões sem acesso a assistência legal ou humanitária como requerido pela lei internacional.
Algumas crianças sofreram abusos em prisões americanas e outras foram entregues à custódia dos afegãos, onde, os americanos sabem, seriam certamente torturadas.
O relatório dos especialistas afirmava que essas violações teriam sido causadas por “falta de medidas de precaução“ e “uso indiscriminado da força” por parte dos americanos.
O Pentágono reagiu com indignação.
Seu porta- voz afirmou que as conclusões eram “totalmente falsas”, que ,em 2012 cerca de 90% das mortes de civis foram de autoria dos talibãs; que as bombas de beira de estrada matavam de forma muito mais indiscriminada do que os ataques americanos e que “apenas” 45 crianças morreram nesses ataques.
Como você está vendo, só respondeu a parte das denúncias.
Mesmo assim, há quem conteste os números apresentados.
Embora os talibãs tenham realmente matado mais civis, o número “90%” parece exagerado.
Especialmente porque os americanos costumam considerar contar como terrorista todo civil adulto localizado numa zona de combate, o que é um tanto discutível.
Na verdade, o que pesa mais é mesmo a credibilidade.
Em quem você confia mais: nos especialistas independentes da ONU ou nos oficiais do exército dos EUA?