Gaza: fome planejada.

O exército de Israel calculou exatamente a quantidade de calorias suficiente para que os cidadãos de Gaza não morressem de fome.

E vem controlando a entrada de alimentos na Faixa para que esse limite não seja ultrapassado.

Em janeiro de 2008, documentos recentemente liberados revelam que os militares israelenses decidiram que os habitantes de Gaza deveriam consumir, em média, 2.279 calorias diárias.

Calcularam que precisariam deixar entrar diariamente na região 1.836 gramas de alimentos por pessoa.

Seria  suficiente para viver.

Viver passando fome.

O movimento de direitos humanos israelense Gisha, que conseguiu da Justiça a liberação do documento, afirma: “O objetivo oficial dessa política era travar ‘guerra econômica’ que paralisaria a economia de Gaza e , de acordo com o Ministro da Defesa, criar pressão sobre o governo de Gaza”.

Dov Weinglass, assessor do ex-primeiro ministro Ehud Olmert, foi mais específico:”A idéia é submeter os habitantes de Gaza a uma dieta, mas não fazê-los morrer de fome.”

Com isso, Israel pretendia levar os moradores ao desespero e a culpar o Hamas por seus sofrimentos.

O que, aliás, trata-se de punição coletiva, algo definido expressamente como crime de guerra pela Convenção de Genebra.

Na contramão dessa política digna do nazismo de Hitler, um navio com bandeira sueca e finlandesa singrou a caminho de Gaza, levando alimentos para seu esfomeado povo.

Telaviv impediu pela força.

Antes disso, seu embaixador na ONU, Ron Prosor, enviou furioso protesto ao secretário geral, Ban Ki-Mon, comparando a tripulação sueca aos saqueadores vikings.

E exigindo uma intervenção internacional para fazer o trabalho sujo por seu país.

 

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