Herança do governo Bush, o escudo anti-missil seria instalado na Polônia e na República Checa para proteger a Europa.
Contra quem?
Os EUA diziam que era dos misseis iranianos.
Mas os russos não concordaram: garantiram que era contra a Rússia.
Duvidavam que fosse contra o Irã já que ele nem pretende atacar algum país europeu, nem teria como, já que o alcance dos seus projéteis balísticos não é suficientemente longo.
Por outro lado, considerando uma possível guerra fria, os EUA e a Europa Unida ficariam com uma grande vantagem estratégica, pois, poderiam defender-se dos mísseis da Rússia, enquanto a recíproca não seria verdadeira.
Apesar dos povos da República Checa e da Polônia serem em grande maioria contrários ao escudo anti-missil nos seus países, por temerem reações violentas do seu vizinho russo, os governos locais somaram com os EUA.
Eis que, de repente, o Presidente Bronislaw Komorowski, da Polônia, muda de idéia.
“Nosso erro”, declarou à revista Wprost ,”foi aceitar a proposta dos EUA sem levar em conta os riscos políticos do negócio.”
Ele agora é contra a instalação da barreira anti-missil na Polônia e pretende tornar sem efeito o acordo celebrado com os americanos.
Não que Komorowski seja, de um modo geral, contrário à idéia da defesa anti-missil, pois acha que a Polônia precisa de algo assim.
Mas aderir ao sistema concebido pela Casa Branca poderia provocar reações ameaçadoras do urso russo antes de sua instalação.
Como ele disse: “Gastar grandes somas em equipamentos militares pesados é, na verdade, sem sentido, não oferece segurança contra… ataques de mísseis e raids de aviões.”